tag:blogger.com,1999:blog-22355288683481198382023-06-20T21:59:26.009-07:00PharmacotoxiPharmacotoxi é um blog de informações sobre farmacologia, toxicologia, química analítica, fisiologia,microbiologia entre outras disciplínas que fazem parte do currículo farmacêutico.Além destes tópicos há também notícias sobre área da saúde,físca quantica, nanotecnologia,vídeos relacionados, além da publicação de resumos de artigos científicos que os autores poderão solicitar a sua publicação aqui neste blog.Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13681863458748669633noreply@blogger.comBlogger10125tag:blogger.com,1999:blog-2235528868348119838.post-45887914190010492562011-11-15T10:42:00.001-08:002011-11-15T13:18:45.860-08:00Etanol<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">O etanol (álcool etítilico) é uma das substâncias mais antigas e utilizadas pelo homem, a qual já foi usada em rituais religiosos, eventos recreativos, tratamentos medicinais , sanitários e atualmente em grande escala como combustível de energia alternativa. </span><div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">No contesto farmacodinâmico o etanol é uma substância que tem sua principal ação no sistema nervoso central, atuando como um depressor deste sistema. Sua ação no SNC passa por várias etapas, e estas estão diretamente ligadas no aumento da concentração do etanol no meio sistêmico causando em quem o ingere desde a diminuição da inibição da timidez até mesmo estimulando a libilidade e posterior relaxamento. A medida que ocorre o aumento da dosagem, é evidente a perda de equilíbrio, alteração na marcha (ziguezague) podendo chegar em estágios de depressão respiratória , coma e raramente morte.</span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Atua nas fendas sinápticas impedindo que as substâncias supressoras do sistema nervoso continuem seu trabalho mantendo o cérebro com sua atividade normal, praticamente desligando as regiões responsáveis pelo raciocínio lógico e comportamento racional, sendo esta região localizada no córtex, em sua região frontal. Quando o córtex tem sua atividade reduzida e o indivíduo ainda permanece em vigília o sistema límbico entra em ação, e como esta parte do cérebro tem um papel na preservação da espécie, sugere-se que a libido seja estimulada por ele.</span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Há estudos que o álcool administrado em pequenas dosagens pode trazer benefícios ao organismo, porém indivíduos com problemas relacionados ao sistema gástrico, etilistas em estágios de desintoxicação ou pessoas que fazem uso de medicamentos que interagem com o etanol devem evitar mesmo estas pequenas dosagens.</span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">A farmacocinética do etanol: </span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">O etanol é completamente absorvido no trato gastrointestinal após a administração oral e sua absorção se dá por todas as porções deste trato. O ritmo de absorção é determinado pela composição do conteúdo gástrico.(Charles R. Craig e Robert E Stitzel 1985). Embasado nisso pode-se afirmar que a ingestão de alimentos junto a bebidas alcoólicas, e até mesmo o tipo de bebida (fermentadas ou destilados) podem alterar a quantidade de álcool absorvido corroborando para a diminuição da diminuição de etanol a ser absorvido. Em se tratando de bebidas fermentadas, que além de possuírem níveis de etanol mais baixos que os destilados, possuem em sua composição substâncias que tardia a sua absorção.</span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">A sua distribuição pelo organismo é rápida e uniforme, inclusive atravessando rapidamente a placenta e entrando na circulação fetal. A distribuição uniforme do etanol auxilia muito na questão de exames de caráter forenses para a determinação de etanol, tanto presentes no sangue como no ar expirado pelo pulmão. No Brasil a lei seca não permite mais que 0,1 mg de etanol por litro de ar expelido e 0,2 g por litro de sangue, devendo o motorista com teores alcoólicos acima destes valores responder nas esferas administrativas e criminais previstas pelas leis de transito brasileiras.</span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">O metabolismo do etanol se dá por dois sistemas enzimáticos sendo a enzima Álcool desidrogenase a mais atuante e as enzima de sistema de microssomal de função mista em menor extensão mas sua ação com o etanol tem caráter importante, principalmente porque este grupo metaboliza também muitos farmacos.</span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">A enzima álcool desidrogenase utilizando NAD como substrato transforma o etanol em acetaldeído e ainda libera NADH, posteriormente a enzima acetaldeído desidrogenase transforma o acetaldeído em CO2 e água.</span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">A enzima álcool desidrogenase tem seu funcionamento linear sendo considerado um sistema de metabolização de ordem zero, ou seja, mesmo que aumente as concentrações do etanol, o sistema enzimático trabalha com a mesma velocidade de transformação. Nos adultos normais a biotransformação do etanol é de 10 a 15 ml por hora, o que demonstra que este é um produto perigoso se ingerido exageradamente. Para ficar fácil saber quanto tempo o álcool leva pra ser biotransformado,podemos estimar através dos dados apresentados acima, levando em consideração que o indivíduo que o ingeriu tem 70 kg de massa e não possui nenhuma disfunção hepática, renal o respiratória. A estimativa tem como base em achar, no caso da cerveja que possui 5% de teor alcoólico o etanol presente ex:</span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">2000 ml ... </span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">4 ml de etanol-----------------------100 ml</span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">x ml de etanol -----------------------2000ml</span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">X= 80 ml de etanol</span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Agora basta saber quanto tempo leva para ser biotransformado baseando que o organismo biotransforma 15 ml de etanol por hora:</span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> 15 ml------------------1 hora</span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> 80 ml------------------x hora</span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> X = 5,3 horas</span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Para destilados a conta é a mesma basta apenas trocar os teores.</span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">A excreção do etanol a qual está relatada em torno 2 a 10% , já que o etanol é extensamente biotransformado, ocorre tanto através da urina e também do sistema respiratório.</span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">O uso do etanol de forma recreativa é um sério problema para a sociedade em todas as esferas,e pode levar os usuários de uso recreacional a usuários crônicos. A sua desintoxicação é cara e demorada para os etilistas crônicos e os transtornos para os familiares são incalculáveis.</span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Na tentativa de auxiliar os etilistas no tratamento utiliza-se uma terapia administrando um medicamento que possuí em sua composição uma molécula ativa chamada dissulfiram, a qual é inibidora da enzima aldeído desidrogenase, que ao ser inibida aumenta os níveis de aldeído no sangue provocando fortes reações colaterais(vômitos, tonturas, arritmias, vermelhidão entre outras), caso o indivíduo ingira etanol, desencorajando o indivíduo a ingerir a bebida alcoólica.</span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Referência bibliográfica:</span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> Craig. Charles R.; Stittzel Robert E. Farmacologia Moderna Editora Roca 1985.</span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div>
<br /></div>Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13681863458748669633noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2235528868348119838.post-11570988482194429162011-08-31T07:44:00.000-07:002011-08-31T07:50:34.417-07:00Caracterização de método analítico cromatográfico para determinar harmina e harmalina em plasma e urina.<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O chá de ayahuasca é a infusão do cipó <i>Banisteriopsis caapi </i>juntamente com folhas de arbusto da <i>Psycotria viridis</i>. Este chá esteve por mais de mil anos presente apenas nas aldeias dos povos indígenas da América Latina, em específico nas tribos da região amazônica. Para estes povos a única finalidade do uso do chá é religiosa, servindo este preparado como uma “chave para abrir as portas do mundo dos espíritos”. Porém, o uso deste já não está mais confinado aos povos das selvas, pois há várias seitas que o utilizam em seus rituais, além de curiosos e até mesmo indivíduos que buscam esta bebida como uma forma de recreação. Na composição do chá estão presentes os seguintes alcalóides: N-N dimetiltriptamina (DMT), molécula responsável pela alucinação juntamente com tetraidroharmina, além das moléculas de harmina e harmalina as quais são as moléculas escolhidas para este trabalho. Devido à urbanização deste chá inúmeros acidentes vêm ocorrendo, desde intoxicações leves à graves nas quais muitos indivíduos são levados a óbito, o que sugere estudos mais detalhados, entre eles o desenvolvimento de métodos analíticos. Há uma escassez de trabalhos para este fim utilizando cromatografia gasosa com detector de ionização de chamas (FID), que é um detector comum e apresentou um bom desempenho na detecção de harmina e harmalina. Os modelos de extração utilizados variaram em função da matriz biológica utilizada: Para urina foi utilizada a extração líquido-líquido e a extração em fase sólida (SPE) para o plasma. A metodologia de SPE foi utilizada para o plasma devido grande quantidade de interferentes presentes nesta matriz que impossibilitaram a extração líquido-líquido com resultados satisfatórios. Os picos cromatográficos das substâncias foram: 05:15 minutos para lidocaína que é o padrão interno, harmalina com tempo de retenção de 09:20 minutos e harmina tempo de retenção de 09:08 minutos; diversas rampas de temperatura foram utilizadas e a melhor apresentou as seguintes configurações: temperatura inicial 160 º C , com aquecimento de 15° C / minuto até 220 ° C com posterior aquecimento de <st1:metricconverter productid="5 ᄚC" w:st="on">5 °C</st1:metricconverter> / minuto até 280 ° C com tempo total de análise de 16 minutos. A técnica de injeção foi splitless com temperatura de <st1:metricconverter productid="250ᄚC" w:st="on">250°C</st1:metricconverter>, detector com temperatura de 290 ° C. Este trabalho deverá ter continuidade, pois o método foi apenas caracterizado e deverá passar pelo processo de validação. Frente ao crescente problema de intoxicações, torna-se necessário o desenvolvimento de metodologias analíticas rápidas e confiáveis para um pronto diagnóstico laboratorial, e para tal, a cromatografia gasosa é uma técnica apropriada, principalmente em se tratando de detectores FID, já que são mais baratos e comuns em relação à dectecção por espectrometria de massas.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Para receber o trabalho completo por gentileza mande um e-mail para gustavo_farmacia175@hotmail.com ou cmotajr@uol.com.br, que enviaremos o trabalho.</span></div><div class="MsoNormal">Autores: Gustavo Aparecido Neves<br />
Carlos Mota Alvarenga Junior<br />
Orientadores: Prof° Dr.Wilson Roberto Malfará<br />
Prof° Dr. Bruno Spinosa Martinis</div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Palavras- chave:</span></b><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> cromatografia gasosa;harmina; harmalina; detector de ionização de chamas<o:p></o:p></span></div>Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13681863458748669633noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2235528868348119838.post-2033540621187698362011-05-19T10:15:00.000-07:002011-05-19T10:15:20.608-07:00Distribuição de farmacosQuando o farmaco é absorvido e está dentro do sistema vascular ou em caso de vias administrativas que não a oral as quais o medicamento não passa pelo efeito de primeira passagem, este tende a ser distribuído para os meios interstíciais e intracelulares, porém a velocidade com que isto ocorre dependerá de vários fatores os quais se referem à características da molécula do medicamento,fluxo sanguíneo afinidade da molécula por proteínas plasmáticas e tecidos, diferença de pH, modelo de transporte e afinidade por gorduras que em alguns casos serve como reservatório, prolongando a permanência e ação dos farmacos.<br />
Com relação a passagem dos farmacos do sistema vascular para o meio intersticial não é difícil nem mesmo lenta, o que diferentemente ocorre com a difusão de farmacos através de membranas e também com o SNC, onde há uma certa resistência a passagem de substâncias ionizadas. O que chama a atenção para a velocidade de transferência através dos capilares em sua maioria é o tamanho da molécula e não a sua lipossolubilidade. Ainda com relação ao SNC, que é protegido por 3 membranas denominada barreira hematoencefálica e que é composta pelas camadas aracnóide, pia mater e dura mater, que impedem a passagens de substâncias ionizadas ou polares. Em casos de inflamação ou infecção destas membranas sendo um exemplo a meningite causada por bactérias do gênero <i>Listeria monocytogenes, </i>as fendas destas membranas se distanciam, facilitando a entrada dos antimicrobianos como as penicilinas que em situações normais não conseguem penetrar por estas membranas e chegar ao sistema nervoso central.<br />
O volume de distribuição que os farmacos podem ser distribuídos ficam em torno de 40 litros, para uma pessoa de 70 Kg e pode ser classificado assim:<br />
Água plasmática = 5 L<br />
Fluído intersticial = 10 L<br />
Fluído intracelular = 20 L<br />
Plasma e fluído do sistema circulatório = 5 L<br />
O volume que o farmaco é distribuído é denominado volume aparente de distribuição(Vd). Este pode ser calculado dividindo-se a quantidade de farmaco administrada pela quantidade de farmaco quantificada no plasma após decorrido um tempo suficiente para a sua distribuição e equilíbrio.<br />
Outro ponto extremamente importante é a ligação do farmaco às proteínas plasmáticas, estas são a albumina, globulinas Beta lipoproteínas entre outras. A principal proteína de ligação plasmática é a albumina, que geralmente os farmacos se ligam a estas de forma reversível apesar de haverem farmacos que se ligam a albumina de forma covalente dificultando a ruptura entre as moléculas.<br />
O fato de ocorrerem estas ligações dos farmacos com as proteínas influenciam na distribuição, processo de eliminação e na sua concentração nos tecidos, pois somente as substâncias não ligadas às proteínas é que podem passar por todos os processos acima citados.<br />
Muitas substâncias não fazem uma ligação seletiva ou apresentam uma grande afinidade pela albumina, e há casos em que vários medicamentos são administrados nas chamadas politerapias, sendo muitos destes competidores pela ligação com as proteínas plasmáticas em especial a albumina. Este tropismo pode causar uma situação agravante em alguns casos,pois podem deslocar substâncias endógenas que se ligam a estas proteínas, o que pode gerar quadros de intoxicações, mesmo que a dose administrada esteja dentro da dosagem terapêutica.<br />
Um exemplo clássico desta competição é a que ocorre entre as sulfonamidas e a bilirrubina(sua formação inicia-se com a destruição de hemácias e outros eritrócitos no basso, onde são lançadas várias substâncias destes metabolismo, sendo uma molécula que contem o grupo heme que é aberto e libera ferro livre e a biliverdina, a qual é metabolizada pela biliverdina redutase transformando em bilirrubina)pela albumina, onde a afinidade das sulfonamidas é maior e desloca a bilirrubina que estava conjugada, deixando-a livre no sistema circulatório,este problema pode ocorrer com mais facilidade em neonatos, ocasionando o que é chamado de icterícia ou ictéreos ou popularmente o amarelão que causa demência. Outras intoxicações podem ocorrer quando dois ou mais farmacos que tem grande afinidade pela albumina são administrados e nesta competição ocorre o deslocamento de um destes farmacos e ao ficar livre esta substância terá seu teor aumentado nos sítios de ação e em todo o corpo e poderá causar sérias intoxicações.<br />
Há vários reservatórios para os farmacos sendo estes os reservatórios celulares, que são representados pelos músculos e hepatócitos(células do fígado, principalmente quando a administração de um farmaco é crônica. Os reservatórios de gordura, onde os farmacos lipossolúveis tem tropismo por este tipo de material, exemplos de farmacos são o cloridrato de amiodarona, medicamento usado para controle de arritmias cardíacas, barbitúricos, tiopental entre outras substâncias.<br />
Com relação a placenta, grande parte dos medicamentos atravessam-na o que leva a grande recomendação de só administrar medicamentos em gestantes somente em casos onde o benefício irá superar em muito o risco. Hoje sabe-se que mãe e embrião ou mãe e feto não estão em compartimentos separados e sim fazem parte de um mesmo conjunto, sendo assim o que a mãe ingerir o embrião ou feto irá também ingerir, pois apenas há um atraso no transporte dos farmacos ou outras substâncias da mãe ao feto, o fluxo sanguíneo ao útero está por volta de 500 ml por minuto e consequentemente este atinge a placenta, ao analisarmos que a dosagem de medicamentos dada a mãe que apresenta uma massa dezenas de vezes maiores que o feto, conclue-se que estes farmacos chegam na placenta através da veia umbilical é muito elevada e pode causar sérios danos.<br />
Literaturas utilizadas :<br />
Farmacologia Moderna; Craig,Charles R; Stitzel, Robert E<br />
As Bases Farmacológicas da Terapêutica; Goodman ; GilmanGustavohttp://www.blogger.com/profile/13681863458748669633noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2235528868348119838.post-4385123743971710952011-04-01T10:00:00.000-07:002011-04-01T10:02:13.772-07:00Um breve comentário sobre câncer de próstata<div style="background: white; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Courier New", Courier, monospace;">A próstata é uma glândula que está localizada na área da cavidade pélvica com<span style="font-size: 10pt;"> </span>estrutura única situada perto das vesículas seminais e por debaixo da bexiga. No interior da próstata os canais deferentes desembocam na uretra. A próstata produz também um liquido que protege, alimenta e facilita a mobilidade dos espermatozóides, chamado líquido prostático. </span></div><div style="background: white; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> O crescimento descontrolado de células modificadas pelo corpo com o crescimento desta glândula caracteriza-se o câncer de próstata</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><br />
<span style="color: black;"></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-family: "Courier New", Courier, monospace;">O Câncer da próstata em sua fase inicial tem uma evolução silenciosa. Geralmente não apresenta nenhum sintoma ou, quando apresenta, são semelhantes ao crescimento benigno da próstata (dificuldade miccional, freqüência urinária aumentada durante o dia ou a noite). Uma fase avançada da doença pode ser caracterizada por um quadro de dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, como infecções generalizadas ou insuficiência renal. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-family: "Courier New", Courier, monospace;">Geralmente o grupo de pessoas que as pesquisas apontam para o desenvolvimento desta doença são homens acima de 40 anos com histórico da doença na família, mas a faixa geralmente atinge homens entre <metricconverter productid="45 a" w:st="on">45 a</metricconverter> 75 anos.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;"><span style="color: black; font-family: "Courier New", Courier, monospace;">A melhor forma de prevenção desta enfermidade está na realização dos exames clínico de toque retal e o exame de sangue para a dosagem do antígeno prostático específico, conhecido por PSA (Prostatic Specific antigen).</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><span style="color: black;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Pesquisas também apontam que uma vida com hábitos saudáveis contribuem para evitar o aparecimento da doença, além de uma dieta bem equilibrada com a ingestão <span style="mso-bidi-font-style: italic;">abundante de tomate e seus derivados parece diminuir em torno de 35% os riscos de câncer de próstata.</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><span style="color: black;"><span style="mso-bidi-font-style: italic;"></span><span style="mso-bidi-font-style: italic;"></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-size: 10pt;">O tratamento do câncer da próstata depende do estagio clínico. Para doença localizada, cirurgia, radioterapia e até mesmo uma observação vigilante (em algumas situações especiais) podem ser oferecidos. Para doença localmente avançada, radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal tem sido utilizados. Para doença metastática, o tratamento de eleição é hormonioterapia. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-size: 10pt;">Os medicamentos geralmente utilizados são a finasterida , Abarelix, leuprolida entre outros, que o prescritor e somente ele poderá indicar para ser administrado de acordo com o estágio da doença.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-size: 10pt;">Recomendações gerais</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-size: 10pt;">Vá ao médico pelo menos a cada 6 meses para fazer um check-up.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-size: 10pt;">Caso você tenha idade acima de 40 anos ou tenha histórico familiar de câncer de próstata na família peça ao seu médico para realizar os exames para detecção desta doença.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-size: 10pt;">Faça exercícios físicos constantemente</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-size: 10pt;">Evite fumar e ingerir bebidas alcoólicas.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-size: 10pt;">Como bastante frutas e beba pelo menos <metricconverter productid="2 litros" w:st="on">2 litros</metricconverter> de água por dia.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-size: 10pt;">O exame de toque é fundamental para a detecção desta doença e poderá salvar sua vida, a idéia de manchar a sua honra é infundada, preconceituosa e não faz sentido.</span><span style="mso-bidi-font-style: italic;"></span></div>Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13681863458748669633noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2235528868348119838.post-21151932724981504212011-02-05T08:31:00.000-08:002011-02-05T08:31:25.428-08:00Farmacologia: Absorção de fármacos.<b>Introdução</b><br />
Dentro do estudo da farmacologia há duas grandes vertentes mas que são complementares; a farmacocinética e a farmacodinâmica, e são estudadas separadamente para um melhor efeito didático. A farmacocinética se ocupa em estudar as etapas que envolvem a entrada do medicamento no corpo do indivíduo sejam elas por via oral (V.O), endovenosa (E.V), intramuscular (I.M), subcutânea (S.C) entre outras formas que introduzam o medicamento no indivíduo, assim como sua absorção, distribuição, metabolização e excreção. A farmacodinâmica se ocupa da interação farmaco-receptor, seus efeitos, suas interações com outros farmacos, drogas e alimentos.<br />
Nesta publicação será apenas abordado a absorção , ficando para outras publicações os aspectos da distribuição, metabolização e excreção.<br />
A absorção dos farmacos é uma etapa fundamental e crítica para o sucesso ou fracasso do tratamento, pois envolvem vários fatores intrínsecos da molécula quanto do paciente. <br />
Para que um farmaco seja bem absorvido deve-se levar em conta fatores como pH(este é de grande relevância quando a administração é V.O), solubilidade, veículos utilizados na composição do medicamento bem como condições fisiopatológicas do paciente.<br />
<br />
<b>Absorção via oral (V.O)</b><br />
Esta é a via mais utilizada para administrar fármacos, pois não é invasiva, sendo ideal para tratamentos que não estão dentro do âmbito hospitalar. Sua principal desvantagem está no fato de muitos fatores intervirem no sucesso do tratamento, tais como: mudança do pH estomacal, falta de pontualidade nos horários estabelecidos para a ingestão do(s) medicamento(s), estado fisiopatológico do paciente e até mesmo incompatibilidade química entre farmacos/farmacos e farmacos/alimentos.<br />
Na absorção por via oral ocorrem alguns fenômenos físico-químicos e também químico-biológicos. O primeiro está relacionado ao fator pH, no qual está intimamente ligado as características da molécula. Geralmente os medicamentos possuem como princípio ativo sais de ácidos ou bases fracas que podem apresentar-se de forma ionizada e não ionizada de acordo com o pH que encontram no meio estomacal, e isto corrabora intensamente para a eficácia na absorção destas moléculas.<br />
Quando um medicamento é elaborado, os farmacêuticos e químicos necessitam desenvolver estudos para averiguar a estabilidade do farmaco no sistema biológico, e quando se trata de medicamentos utilizados por via oral, estes profissionais, deverão verificar como a molécula irá se comportar perante ao agressivo ataque do HCl estomacal. Farmacos que possuem caráter ácido, ao chegarem no estômago e este que possue em média um pH de 2,0 não sofrerão ionização, e poderão ser absorvidos ou parcialmente absorvidos neste órgão, mesmo não sendo o estômago o órgão com a finalidade de absorção. Se o farmaco tem caracter basico, este sofrerá ionização parcial, pois tratam-se de ácidos e bases fracas,o que obedece as leis de ácidos e bases de Bronsted e Lowry, e seu pKa ou pKb determinam o pH onde haverá o ponto de equilíbrio, trata-se da equação de equilíbrio proposta por Handerson Henselbach.(Dalli,Hang. Farmacologia 6 ° Edição)<br />
As células apresentam em sua membrana celular estruturas polares e apolares, sendo a parte polar com afinidade principalmente por água e compostos polares e a aparte apolar tendo afinidade por compostos lipídicos ou apolares. Quanto ao fator químico-biológico pode ser verificado que as células possuem membrana com bi camada lipídica o que torna quase que obrigatório que as moléculas ao entrarem nas células estejam em sua forma não ionizada para serem absorvidas, é evidente que há vários transportes que a célula utiliza para absorver xenobióticos, alguns possuem gasto de energia outros não, o transporte por canais iônicos utiliza o ATP como fonte de energia, já o transporte passivo não, e estas características também são levadas em conta. Há outros processos tais como a pinocitose, fagocitose, transportadores de membrana entre outros meios, que estarão mais detalhados em livros de fisiologia humana.<br />
Quando se trata de medicamentos por via oral, geralmente a grande parte da absorção se dá de forma entérica, principalmente no delgado e jejuno, e para que isto ocorra a condição de lipofilicidade é crucial. Pensando nestes detalhes, a industria farmacêutica utiliza excipientes em sua formulação e outras estratégias dentro da produção do medicamento tais como dureza de comprimidos, envolver o principio ativo com substâncias que protejam contra o ataque ácido, incluir funções orgânicas adicionais na molécula, entre outras estratégias.<br />
O medicamento ao passar da luz do tubo digestivo para o meio sistêmico, perde a concentração inicial, ou seja, ao administrar um medicamento que tenha por exemplo 500 mg, poderá apresentar no meio sistêmico concentração de 20 microgramas biodisponível , isto se dá devido a perda do efeito de primeira passagem, onde todos aqueles fatores relacionados anteriormente e incluindo a passagem do farmaco entre membranas que também inclui a biotransformação do farmaco ou pró-farmaco pelo fígado, que irá transformar a molécula de uma forma apolar para polar ou polarizar a molécula para que ela seja eliminada, este assunto será abordado em outro momento quando for tratado a biotransformação.<br />
<br />
<b>Absorção via retal</b><br />
Há também a administração por via retal, na qual temos os supositórios como forma farmacêutica, e que são elaborados para o pH intestinal, este método também sofre efeito de primeira passagem porém é absorvido mais rapidamente do que a via oral. Geralmente é empregado em crianças quando a administração por outras vias é inviável, ou até mesmo para evitar traumas quanto a aplicação endovenosa, porém devido a aspectos culturais, esta via é pouco utilizada, mesmo apresentando um bom desenpenho no trabalho de absorção.<br />
<br />
<b>Outras formas de administração</b><br />
Em se tratando de administração por via subcutânea, intramuscular, endovenosa, sublingual e careotecal estas ao contrário das outras apresentadas não sofre o efeito de primeira passagem, caindo diretamente na corrente circulatória e percorrendo todo o corpo em questão de segundos. A vantagem destas vias, é que além de não sofrer os efeitos de primeira passagem, faz com que o farmaco se ligue as proteínas plasmáticas mais rapidamente, caso este tenha tal tropismo ou vá diretamente ao sítio de ação. A desvantagem está no fato de que como não há uma perda na quantidade do farmaco, e este se encontra totalmente no meio sistêmico, poderá ocorrer mais facilmente casos de intoxicação e reverter este quadro torna-se mais complicado.Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13681863458748669633noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2235528868348119838.post-78604151605467786392011-01-24T07:11:00.000-08:002011-01-24T07:11:38.128-08:00Preparação de álcool 70%<strong>Preparação de álcool 70% m/m (77 ° GL)</strong><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
1.0 Objetivos: Este procedimento destina-se na preparação de uma solução hidroalcoólica partindo-se de um álcool de concentração absoluta ou de menor grau alcoólico.<br />
<br />
2.0 Materiais:<br />
<br />
Becker 1000 ml<br />
<br />
Bastão de vidro<br />
<br />
Alcoômetro<br />
<br />
Água deionizada<br />
<br />
Álcool etílico Absoluto ou 95 ° GL no mínimo<br />
<br />
Proveta graduada de 500 ml<br />
<br />
Tabela de alcoométrica.<br />
<br />
Termômetro<br />
<br />
<br />
<br />
3.0 Procedimento <br />
<br />
3.1 procedimento para preparar a solução partindo do álcool 96 ° GL .<br />
<br />
Colocar o álcool etílico no refrigerador para abaixar a temperatura em torno de 20 ° C<br />
<br />
Ao atingir tal temperatura ou próximo a esta, retirar da geladeira.<br />
<br />
Verter 500 ml deste na proveta .<br />
<br />
Colocar o alcoômetro levemente na solução com movimento giratório para a esquerda, e aguardar estabilizar.<br />
<br />
Fazer a leitura do grau e anotar a temperatura que está em seu termômetro interno.<br />
<br />
Verificar o valor de seu grau, observando na tábua da força real dos líquidos espirituosos no link<a href="http://www.anvisa.gov.br/institucional/editora/formulario_nacional.pdf">www.anvisa.gov.br/institucional/editora/formulario_nacional.pdf</a>, comparando a temperatura da solução e o grau GL lido no ato da análise.<br />
<br />
Anotar o valor.<br />
<br />
3.2 Cálculos <br />
<br />
Para se preparar a solução 70% deve-se igualar as unidades transformando a %m/m em GL.<br />
<br />
Conversão de %m/m para %v/v<br />
<br />
Volume / volume %(GL) = 70 g do álcool absoluto / 100 g solução.<br />
<br />
D ensidade álcool absoluto= 0, 79433 g/ cm3<br />
<br />
Densidade álcool 70 = 0, 87234 g / cm3<br />
<br />
Cálculo do volume do álcool absoluto<br />
<br />
0, 79433 = 70 / V<br />
<br />
V = 70 / 0, 79433<br />
<br />
V = 88, 125 ml álcool absoluto<br />
<br />
Cálculo do volume da solução <br />
<br />
0, 87234 = 100 / V<br />
<br />
V = 100 / 0, 87234<br />
<br />
V = 114, 634 ml <br />
Volume/ volume de álcool = 88, 125 / 114, 634 * 100<br />
<br />
% volume/ volume = 76, 875 = 77 ° GL<br />
<br />
768,75 ml ------------------------ 100 ml<br />
<br />
X------------------------------------- 1000 ml<br />
<br />
X = 768,75 ml.<br />
Ou seja se o álcool a ser utlizado for o abosoluto, terão que ser medidos 768,75 ml deste e completado até 1000 ml, para se produzir o álcool 70% p/p ou 77 %v/v.<br />
<br />
Partindo de uma concentração qualquer basta proceder como realizado nesta etapa, observando as densidades.<br />
<br />
Quando um álcool grau reagente é utilizado, pode-se partir com o seguinte cálculo<br />
<br />
C1 * V1 = C2 * V2<br />
<br />
96 * V1 = 77 * 1000<br />
<br />
V1 = 802,08 ml<br />
<br />
Água qsp 1000 ml<br />
<br />
3.3 Preparação da solução<br />
<br />
Medir em uma proveta o volume determinado de 802 ml de álcool do álcool 96°Gl<br />
<br />
Completar com água deionizada até 1000 ml.<br />
<br />
Agitar e guardar no refrigerador até a eliminação das bolhas de ar.<br />
<br />
Colocar na proveta e verificar na tábua da força real dos líquidos espirituosos o °GL.<br />
Anotar o valor mostrado, conferir na tabela dos líquidos espirituosos.<br />
O álcool 70% tem uma tolerância entre 68%p/p e 72% p/p<br />
Transferir para um frasco de 1 litro.<br />
rotular como álcool 70 %.<br />
Validade 2 anos.Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13681863458748669633noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2235528868348119838.post-75392673127169225572010-07-08T09:17:00.000-07:002010-07-11T11:28:09.839-07:00Determinação titrimétrica e espectofotométricaO ácido acetilsalicílico, AAS é um inibidor não seletivo das enzimas cicloxigenases e por este motivo, é utilizado na terapêutica há mais de 100 anos como antiinflamatório, antipirético, antitrombótico e analgésico. A dosagem do teor de princípio ativo dos fármacos consumidos pela população é de suma importância para garantir a qualidade dos medicamentos disponibilizados, evitando assim, intoxicações e frustrações terapêuticas. No presente trabalho quantificou-se o teor de ácido acetilsalicílico em comprimidos de Dormec Infantil e Acetildor, fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e em comprimidos de AAS da Sanofi Aventis e de Aspirina Bayer, duas marcas comerciais consideradas de referência. Foram utilizadas duas metodologias analíticas distintas: o método titrimétrico recomendado pela Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) e o método espectrofotométrico, descrito na literatura. Os resultados das determinações titrimétricas de AAS nos comprimidos (cp) analisados foram os seguintes: 97 mg/cp de Dormec; 493 mg/cp de Acetildor; 104 mg/cp de AAS da Sanofi Aventis e 508 mg/cp de Aspirina Bayer. Por meio do método espectrofotométrico foram obtidos os seguintes valores: 97 mg/cp de Dormec; <br />
<br />
<br />
499 mg/cp de Acetildor; 101 mg/cp de AAS da Sanofi Aventis e 512 mg/cp de Aspirina Bayer. Constatou-se que todas as amostras analisadas, tanto as comerciais, quanto as fornecidas pelo SUS, estão dentro dos padrões de qualidade exigidos, uma vez que, os resultados das análises confirmam as informações de teor apresentadas nas embalagens.<br />
<br />
<br />
<br />
Palavras-chaves: determinação titrimétrica; determinação espectrofotométrica; ácido acetilsalicílico.<br />
<br />
<br />
Para obter este trabalho completo escreva para o autor : Carlos Augusto Alvarenga Motta Junior : e-mail <a href="mailto:cmottajr@hotmail.com">cmottajr@hotmail.com</a>Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13681863458748669633noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2235528868348119838.post-63043023182425235662010-07-05T09:03:00.000-07:002010-07-05T09:03:59.956-07:00Como calcular o volume de uma solução estoque para se preparar uma solução de concentração X.Este método nada mais é do que a diluição de uma solução cujo teor de concentração é maior em relação a concentração que se deseja preparar. A fórmula é simples e direta.<br />
<br />
C1.V1 = C2.V2<br />
<br />
Onde:<br />
C1= concentração inicial(solução estoque)<br />
V1= volume da solução inicial a ser retirada.<br />
C2= concentração final<br />
V2= volume total da solução a ser preparada<br />
Exemplo:<br />
<br />
Preparar uma 500 ml solução de hidróxido de sódio 0,5 molar partindo-se de uma 1 litro de solução 2 molar.<br />
<br />
C1.V1 = C2.V2<br />
2.V1 = 0,5.500<br />
2.V1 = 250<br />
V1 = 250 / 2<br />
V1 = 125 ml.<br />
portanto para se preparar tal solução seria necessário a retirada de 125 ml da solução 2 molar do hidróxido de sódio, acrescentado ao balão e completado o volume do balão de 500 ml, até o menisco com água.Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13681863458748669633noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2235528868348119838.post-74438674946698469672010-05-24T15:19:00.000-07:002010-05-24T15:19:32.354-07:00Cálculos de ppm e ppb<div>Para soluções muito diluídas empregase a expressão de ppm (partes por milhão), e também ppb (partes por bilhão).<br />
Uma forma fácil para de fixar o conceito de ppm é considerar que o soluto está em uma solução muito diluída em água sendo sua densidade 1,00g/ml, ou seja a densidade da água. Como ppm é a milionésima parte, então: 1 ppm = 1mg/L ou 1 mg/Kg.<br />
O mesmo raciocínio acima pode ser empregado para ppb, apenas deve ser mudada a relação de que 1 ppb = 1µg/L ou 1µg/Kg<br />
<br />
Cppm = massa do soluto(mg)<br />
____________________<br />
volume da solução(L)<br />
<br />
Cppb = massa do soluto(g)<br />
___________________ x 10^9<br />
<br />
massa da solução(g)<br />
<br />
<br />
Cppm = massa do soluto(mg)<br />
____________________ x 10^6<br />
massa da solução (Kg) </div>Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13681863458748669633noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2235528868348119838.post-52980885782330401742010-05-22T14:27:00.000-07:002010-05-22T14:37:42.483-07:00Vírus de maior incidência na populaçãoVirologia
<br />
<br /> Viroses de interesse em dermatologia
<br />
<br />HERPES
<br />
<br />Os primeiros sintomas da doença são descritos como uma dor em queimação, aguda, formigamento ou dormência na região da pele acometida. Também é comum o relato de coceira. O local mais comum de aparecimento da doença é o abdome, mas pode surgir também na face. Sintomas gerais, como febre, mal-estar, dor de cabeça e desconforto no estômago podem também estar presentes.
<br />Após um período variável de tempo, surgem as lesões características da doença. Elas são representadas por pequenas vesículas ("bolhas"), cheias de líquido, com a base avermelhada. São extremamente dolorosas, e às vezes a pessoa não tolera nem o contato com a roupa. Depois de 2 a 3 dias, as vesículas ficam amareladas, secam e formam crostas que, quando se soltam, podem deixar algumas cicatrizes. Essas bolhas aparecem normalmente em apenas um lado do corpo, acompanhando o trajeto do nervo acometido. O herpes zoster tem quadro pleomórfico, causando desde doença benigna até outras formas graves, com êxito letal. Após a fase de disseminação hematogênica, em que atinge a pele, caminha centripetamente pelos nervos periféricos até os gânglios nervosos, onde poderá permanecer, em latência, por toda a vida. Causas diversas podem levar a uma reativação do vírus, que, caminhando centrifugamente pelo nervo periférico, atinge a pele, causando a característica erupção do herpes zoster.
<br />A dor melhora gradativamente com a resolução do quadro, porém nos idosos ela pode permanecer por longos períodos de tempo após a cura da doença. Essa condição é chamada de "neuralgia pós-herpética", e ocorre em 10% a 15% dos pacientes.
<br />O quadro mais grave, felizmente mais raro, é quando a doença acomete a pele na região próxima ao olho. Nesses casos, o HZ pode atingir as estruturas oculares, podendo levar até à cegueira. Qualquer acometimento suspeito nessa região indica uma consulta oftalmológica de urgência.
<br />Vírus é o Human herpesvirus 1 (herpes siplex 2), família herpesviridae, subfamília alphaherpesvirinae, gênero simplexvirus.
<br /> Suas fontes de infecção são:
<br />
<br /> Pessoa a pessoa, através de contato direto ou através de secreções respiratórias e, raramente, através de contato com lesões. Transmitida indiretamente através de objetos contaminados com secreções de vesículas e membranas mucosas de pacientes infectados.O período de incubação pode
<br />
<br />
<br /> ser entre 14 e 16 dias após o contato, porém pode haver uma variação de 10 a
<br />20 dias. Em pacientes imunosuprimidos poderá manifestar em um período menor.
<br />
<br />
<br />Diagnóstico
<br />
<br />Seu diagnóstico geralmente se dá principalmente através do quadro clínico-epidemiológico. O vírus pode ser isolado das lesões vesiculares durante os primeiros 3 a 4 dias de erupção ou identificado através de células gigantes multinucleadas em lâminas preparadas a partir de material raspado da lesão, pela inoculação do líquido vesicular em culturas de tecido. Aumento em quatro vezes da titulação de anticorpos por diversos métodos (imunofluorescência, fixação do complemento, ELISA), que, também, são de auxílio no diagnóstico. O PCR tem sido empregado.
<br />
<br />
<br />Terapêutica recomendada
<br />
<br />Sintomático. Antihistamínicos sistêmicos para atenuar o prurido e banhos de Permanganato de Potássio na diluição de 1:40.000. Havendo infecção secundária, recomenda-se o uso de antibióticos sistêmicos. Varicela em crianças é uma doença benigna, em geral não sendo necessário tratamento específico.
<br />TÓPICO: compressas de permanganato de potássio (1:40.000) ou água boricada a 2%, várias vezes ao dia.
<br />ESPECÍFICO: antivirais: aciclovir -em crianças, quando indicado, 20mg/kg/dose, VO, 4 vezes ao dia, dose máxima 800mg/dia, durante 5 dias. Adultos: aciclovir, em altas doses, 800mg, VO, 5 vezes ao dia, durante 7 dias. Seu uso está indicado apenas para casos de varicela de evolução moderada ou severa em maiores de 12 anos, com doença cutânea ou pulmonar crônica. Não está indicado seu uso em casos de varicela não complicada, sendo discutível a utilização em gestantes. Crianças imunocomprometidas não devem fazer uso de aciclovir oral. Aciclovir intravenoso é recomendado, em pacientes imunocomprometidos ou em casos graves, na dosagem de 10mg/ kg, a cada 8 horas, infundido durante uma hora, durante 7 a 14 dias. Seu uso está indicado, com restrições, em gestantes com complicações graves de varicela. Outros antivirais têm sido indicados. A nevralgia pós-herpética (NPH) é uma complicação freqüente (até 20%) da infecção pelo herpes zoster, que se caracteriza pela refratariedade ao tratamento. A terapia antiviral específica, iniciada dentro de 72 horas após o surgimento do rash, reduz a ocorrência da NPH. O uso de corticosteróides, na fase aguda da doença, não altera a incidência e a gravidade do NPH, porém reduz a neurite aguda, devendo ser adotada em pacientes sem imunocomprometimento. Uma vez instalada a NPH, o arsenal terapêutico é enorme, porém não há uma droga eficaz para seu controle. São utilizados: creme de capsaicina, 0,025% a 0,075%; lidocaína gel, a 5%; amitriplina, em doses de 25 a 75mg, VO; carbamazepina, em doses de 100 a 400mg, VO; benzodiazepínicos; rizotomia, termocoagulação e simpatectomia.
<br />
<br />
<br />
<br />Papiloma
<br />
<br />Doença viral que, com maior freqüência, manifesta-se como infecção sub-clínica nos genitais de homens e mulheres. Clinicamente, as lesões podem ser múltiplas, localizadas ou difusas e de tamanho variável; ou pode aparecer como lesão única. A localização ocorre no pênis, sulco bálano-prepucial, região perianal, na vulva, períneo, vagina e colo do útero. Morfologicamente, são pápulas circunscritas, hiperquerotósicas, ásperas e indolores com tamanho variável. Condiloma gigante (Buschke e Lowestein), assim como papulose bowenóide, são raros.
<br />A maioria das manifestações clínicas são de três tipos:
<br />Tipos cutâneos
<br />EV
<br />Genital mucoso
<br />Os tipos cutâneos causam verrugas não genitais. Os tipos EV causam verrugas não genitais em indivíduos com epidermodisplasia verruciforme(EV), uma condição rara e hereditária, associada à alteração de respostas imunes, que apresentam uma predisposição muito aumentada à infecção crônica por esta classe de HPV ou em indivíduos imunosuprimidos. O tipo genital mucoso infecta a pele dos genitais e as mucosas genitais e não genitais.
<br />O câncer atribuído à infecção pelo papiloma ocorre muitos anos após a infecção inicial, cujas lesões típicas são papilomas benignos e displasia moderada. A infecção persistente com dois tipos de alto risco específico, especialemente quando a carga viral é alta, colocam a mulher em alto risco de progressão para displasia de alto grau e patologias mais severas e a infecção contínua é necessária para o desenvolvimento do câncer.
<br />
<br />
<br />Classificação do vírus:
<br />
<br />Família Papillomaviridae, Gênero papillomavirus , Espécie Cottontail rabbit papillomavirus.
<br />Existem tipos de vírus com alto, médio e baixo risco para a saúde humana:
<br />Alto risco: HPV-16, HPV-18, HPV-45.
<br />Risco intermediário: HPV-31, HPV-33, HPV-35, HPV-51 e HPV-52
<br />Baixo risco: HPV-6, HPV-11, HPV-42, HPV-43, HPV-44.
<br />Os carcinomas cervicais, anais, vulvares e câncer de pênis tÊm sido atribuído principalmente aos HPVs HPV-16, HPV-18,HPV-45 e HPV-31.
<br />As infecções por papilomavírus tÊm distribuição universal. As verrugas causadas pelos papilomas ocorrem mais freqüentemente nas mãos e pés de crianças e adultos jovens.
<br />As infecções genitais por papilomas são de transmissão sexual, e sua prevalência pode ser correlacionada com a promiscuidade sexual, com histórico de outras doenças de transmissão sexual. Os condilomas anais são comuns em adultos sexualmente ativos e têm período de incubação médio de 2,8 meses, podendo variar de três semanas a 8 meses.
<br />A infecção cervical pelo HPV é muito comum em mulheres jovens sexualmente ativas.
<br />
<br />Os papilomavirus são resistentes à dessecação e podem permanecer infecciosos no ambiente por longos períodos de tempo, favorecendo a transmissão por fômites nas verrugas não genitais. Os papilomas genitais são transmitidos por contato pessoa a pessoa, em geral pelo contato sexual.
<br />
<br />
<br />
<br />Formas de diagnóstico:
<br />
<br />É clínico, epidemiológico e laboratorial, observando as diversas formas:
<br />Infecção clínica - Através da visão desarmada, geralmente representado pelo condiloma acuminado.
<br />Infecção sub-clínica -Através da peniscopia, colpocitologia e colposcopia com biópsia.
<br />Infecção latente - Através dos testes para detecção do HPV-DNA.
<br />
<br />Os testes laboratoriais são feitos através da hibridização do DNA/RNA viral presente nas amostras, ou por amplificação in vitro dos genomas virais, seguida de identificação tipo específica por hibridização.
<br />A única técnica que permite a localização dos genomas virais com relação à topografia do tecido é a hibridização in situ.
<br />Os métodos baseados na reação em cadeia de polimerase reversa(PCR) são os mais comumentes empregados. Mais frenquentemente são utilizados primers degenerados para a amplificação de um segmento na região L1 dos HPVs que é capaz de amplificar vários tipos de HPV; os produtos de PCR são identificados com sondas tipo específicas, preparadas a partir dos tipos mais importantes de HPV.
<br />
<br />
<br />Terapêutica recomendada
<br />
<br /> O objetivo do tratamento é a remoção das lesões condilomatosas visíveis e sub-clínicas, visto que não é possível a erradicação do HPV. Recidivas são freqüentes, mesmo com o tratamento adequado. A escolha do método de tratamento depende do número e da topografia das lesões, assim como da associação ou não com neoplasia intra-epitelial. Podem ser utilizadas as alternativas: acido tricloroacético (ATA), a 90%, nas lesões do colo, vagina, vulva, períneo, região perianal e pênis; a aplicação deve ser realizada no serviço de saúde, direcionada apenas ao local da lesão, 1 a 2 vezes por semana. Não devem ser feitas "embrocações" vaginais nas lesões difusas. Podofilina, a 25% (solução alcoólica ou em benjoim): somente deve ser utilizada nas lesões da vulva, períneo e região perianal; lavar após 2 a 4 horas. A aplicação deve ser realizada no serviço de saúde, 2 a 3 vezes por semana. Eletrocauterização ou crioterapia: pode ser utilizada em lesões de qualquer localização genital e na gestação. Exérese com Cirurgia de Alta Freqüência (CAF / LEEP): pode ser utilizada em lesões de qualquer localização genital e na gestação. Apresenta como vantagem sobre os outros métodos a retirada do tecido viável para estudo anatomo-patológico. Nas lesões exofíticas queratinizadas, pode ser utilizada a combinação do ácido tricloroacético, a
<br />
<br />90%, e podofilina, a 25% (solução alcoólica ou em benjoim).
<br />Gravidez -As lesões condilomatosas poderão atingir grandes proporções, seja pelo marcado aumento da vascularização, seja pelas alterações hormonais e imunológicas que ocorrem nesse período. A escolha do tratamento vai basear-se no tamanho e número das lesões (nunca usar nenhum método químico durante qualquer fase da gravidez); pequenas, isoladas e externas: termo ou crio-cauterização em qualquer fase da gravidez; pequenas, colo, vagina e vulva: termo ou crio-cauterização, apenas a partir do 2º trimestre; grandes e externas: ressecção com eletrocautério ou cirurgia de alta freqüência; se o tamanho e localização das lesões forem suficientes para provocar dificuldades mecânicas e/ou hemorragias vaginais, deve-se indicar o parto cesáreo; o risco da infecção nasofaríngea no feto é tão baixa que não justifica a indicação eletiva de parto cesáreo; mulheres com condilomatose durante a gravidez deverão ser acompanhadas por meio de citologia oncológica e colposcopia, após o parto.
<br />Recomendação -Na gestante, tratar apenas as lesões condilomatosas. As lesões subclínicas serão acompanhadas com colpocitologia durante a gestação e reavaliadas para tratamento após 3 meses do parto.
<br />
<br />
<br />
<br />Viroses de interesse em gatroenterologia
<br />
<br />
<br />Rotavirus
<br />
<br />Os rotavirus replicam-se nas células do topo das vilosidades intestinais, não sendo atingidas as céluals que formam as criptas de Lieberkuhn. O proceeso infeccioso instala-se rapidamente em cerca de 48 horas, entretanto em regressão ao fim de três a cinco dias. A maioria dos relatos clínicos faz referência a casos de desidratação. Quanto a quantidades de perdas eletrólitas instestinais são preocupantes em certo ponto, principalmente se a condição social da criança for extremamente limitada, podendo levar estas a morte, caso não tratadas adequadamente. O período de incubação da doença é de 24 a 48 horas seguido de vômitos por três dias e diarréia por 3 a 8 dias. Febre e dores abdominais ocorrem frequentemente.
<br />
<br />
<br />Classificação do vírus
<br />
<br />Família Retroviridae , Gênero Rotavirus, espécie Rotavirus A, B, C, D, E, F e G
<br />
<br />Os rotavirus são de fácil transmissão nos ambientes familiar e hospitalar. Particularmente em berçários parecem ocorrer condições para uma longa permanência de rotavírus viáveis, dada a freqüência com que os recém-nascidos, pouco depois da admissão, apresentam sintomas de infecção.
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Formas de diagnóstico
<br />
<br />O diagnóstico não pode ser realizado baseado apenas em sintomas clínicos visto que estes também são freqüentes em outros tipos de viroses e outras infecções causadas por outro microrganismos, sendo o diagnóstico laboratorial o mais seguro.
<br />Inicialmente foi encontrado uma grande dificuldade no cultivo dos rotavirus em culturas celulares, o que levou ao desenvolvimento de técnicas de diagnóstico através da identificação direta de vírus nas fezes, onde estão presentes um número elevado ao redor de 10¹¹ partículas virais / grama de fezes. Podem ser usadas técnicas de imunoeletroscopia, imunoeltrosmoforese, imunoflorescencia , radioimunoinsaio e fixação do complemento. Podem ser aplicados sorotipagem de rotavirus e genotipagem com a técnica de PCR.
<br />
<br />
<br />Terapêutica recomendada.
<br />
<br />A amamentação ao peito é uma das ações protetoras de melhor eficácia, pela imunidade que confere e pelo poder protetor de fatores inespecíficos do leite. O tratamento indicado é o restabelecimento do equilíbrio através de terapia de reidratação oral ou, em casos graves, parenteral.
<br />
<br />
<br />
<br />Calicivirus
<br />
<br />Ao contrário da gastroenterite ocasionada pelo rotavirus, o quadro diarréico causado pelos vírus Norwaik e outros vírus correlacionados tem uma curta duração, de 24 a 48 horas, com duração média de 24 horas. Ocorre com freqüência em ambientes familiares e escolas, atingindo indistintamente crianças e adultos. A diarréia é mais freqüente em adultos enquanto que uma alta proporção de crianças apresenta vômitos. O período médio de incubação é de dez a 51 horas, com média de 24 horas, e os sintomas são idênticos aos da gastroenterite por rotavirus.
<br />
<br />
<br />Classificação do vírus
<br />
<br />Família: Caliciviridae, Gêneros: Lagovirus, Vesivirus, Norovirus, Sappovirus, espécie: Rabbit hemorrhagic disease vírus, Swine vesicular exanthema vírus, Nowalk vírus, Sapporo vírus. ( estas espécies foram descritas respectivamente a cada gênero).
<br />
<br />Os dois primeiros gêneros referem-se a vírus de ocorrência em animais, já os dois últimos em seres humanos.
<br />Os norovirus são a causa mais freqüente de surtos de gastroenterites não bacteriana que ocorrem em comunidades, escolas, hospitais , instituições, campings, navios de cruzeiro, casas de repouso, universidades e famílias. Vários alimentos tem sido implicados com surtos de norovírus, como saladas,
<br />
<br />melão, salada de fruta, sanduíches, gelo e água. São também a causa mais freqüente de surtos de gastroenterites pediátricas os sapovírus, mas não estão associadas a surtos em adultos ou crianças maiores.
<br />
<br />
<br />Diagnóstico
<br />
<br />A identificação destes vírus são através de PCR combinada com RT para a detecção do núcleo viral. A região mais utilizada nesta amplificação corresponde ao gene da RNA polimerase.
<br />O ensaio imunoenzimático utilizando antígenos produzidos pela expressão de proteínas virais, principalmente em baculovírus, é um método adequado para a identificação do vírus Nowalk, e pode ser adaptada para a pesquisa de anticorpos específicos.
<br />
<br />
<br />Terapêutica recomendada
<br />
<br />Não há tratamento específico, nem se dispõe de qualquer tipo de vacina. Como ainda não existe possibilidade de cultivo destes vírus, estão sendo estudadas as partículas semelhantes a vírus ( VLP Vírus like particles) produzidas pela expressão da proteína do cápside dos norovírus em sistema baculovírus. Essa VLP é imunogênica, estável em PH ácido, e , pode ser administrada por via oral.
<br />
<br />
<br />Viroses de interesse em no sistema nervoso central
<br />
<br />Raiva
<br />
<br />A patogenia da raiva é semelhante em todas as espécies de mamíferos. O vírus se multiplica no local da inoculação, replicando-se inicialmente nas células musculares ou nas células do tecido subeptelial, até que atinja concentração suficiente para alcançar terminações nervosas.
<br />Em humanos o período de incubação é de 2 a 12 semanas, podendo variar de dez dias até quatro ou seis anos. Durante o período de incubação o paciente é assintomático. A doença se inicia com alterações de comportamento, sensação de angústia, cefaléia, pequena elevação de temperatura, mal estar e alterações sensoriais imprevistas, com freqüência relacionadas a mordedura. Dor e irritação na região lesionada. Na fase seguinte de excitação surge hiperstesia de uma extrema sensibilidade à luz e ao som, dilatação das pupilas e aumento da salivação. Conforme a doença progride surgem espasmos nos músculos da deglutição e a bebida é recusada por contrações musculares. A doença dura de dois a seis dias ou mais e quase sempre termina com morte. A morte é atribuída a falência das funções vegetativas centrais básicas e muitas vezes decorrente da miocardite rábica concomitante.
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Classificação do vírus
<br />
<br />Família : Rhabdiviridae, Gênero: Vesiculovirus , Lyssavirus, Ephemerovirus, Novirhabdovirus, Cytorhabdovirus, Nucleorhabdovirus.
<br />Espécies respectivo a cada gênero: Vesicular sthomatitis Indiana vírus, Rabies Vírus, Bovine ephemeral fever vírus, Infectious hematopoietic necrosis vírus, Leuttuce necrotic yellows vírus, Potato yellow dward vírus.
<br />As lesões histopatológicas são as inclusões de Negri, que são patognomônicas para a raiva. A sua ausência não invalida o diagnóstico clpinico para a raiva, tendo em vista que, nos episódios de evolução rápida com período de incubação curto e óbito precoce, pode não haver tempo suficiente para o seu aperecimento. Outra lesão observada é a formação de vacúolos, dando ao sistema nervoso central aspecto espongiforme.
<br />
<br />
<br />Diagnóstico
<br />
<br />O diagnóstico laboratorial é de fundamental importância na raiva para a confirmação do caso suspeito, bem como para diagnóstico de caso suspeito. Imunoensaios, sorotipagem, técnicas de PCR com RT, ELISA, esta última é a mais rápida para o diagnóstico.
<br />
<br />
<br />Terapêutica recomendada
<br />
<br />Após o aparecimento dos primeiros sintomas não há tratamento eficaz contra a raiva, tanto humana como animal. O tratamento profilático anti-rabico é administrado após a exposição ao vírus. A primeira conduta em relação ao ferimento causado pelo animal, é lava-lo com água e sabão em abundância e proceder à assepsia do ferimento com anti-sépticos, tais como álcool iodado ou polvidine.
<br />A soroterapia, quando indicada deve ser administrada antes da vacinação, através da infiltração de soro anti-rabico heterologo ou homologo no local dos ferimentos, os mais rápido possível. As pessoas expostas aos animais silvestres devem receber, sempre, esquema de soro-vacinação.
<br />
<br />
<br />Viroses humanas de interesse no âmbito das doenças sexualmente transmissíveis.
<br />
<br />HIV
<br />
<br />O HIV é transmitido pela exposição da mucosa oral, retal ou vaginal durante o ato sexual ou amamentação ou por inoculação intravascular, através de transfusão de sangue ou produtos de se sangue contaminados, utilização de equipamentos contaminados durante a injeção de drogas ou através de circulação materno-fetal. As células TCD4+ e os macrófagos são alvo da infecção pelo HIV.
<br />Os estágios incluem a infecção primária, disseminação do vírus para os órgãos linfóides, latência clínica, expressão elevada do HIV, doença clínica e morte. A duração média entre a infecção primária e a progressão para a doença clínica, sem tratamento, é de dez anos e a morte ocorre em dois anos após o aparecimento dos sintomas clínicos. As características clinicas da AIDS são a supressão pronunciada do sistema imune e o desenvolvimento de neoplasias, como o sarcoma de Kaposi, linfomas associados à co-infecção oportunistas severas, como infecções por protozoários , principalmente por criptosporídio ; por fungos principalmente Cândida albicans, Cryptococus neoformans e Pneumocystis carinii. Por bactérias como Mycobacterium tuberculosis, Listeria Monocytogenes, Salmonelas sp, strepthococcus sp entre outras.
<br />A carga viral pemanece no plasma relativamente constante em um paciente por um longo período de tempo, devido ao equilíbrio entre a produção e a destruição de vírus e é um bom indicador do prognóstico clínico dos pacientes. Quanto maior for a carga viral medida no plasma, maior a probabilidade de progressão para doença clínica em menos tempo.
<br />
<br />
<br />Classificação do vírus
<br />
<br />Família : Retroviridea, sub-família : Orthoretrovirinae, Gênero: Lentivirus, Espécie : Human immunodeficiency vírus 1 e 2.
<br />Durante o período de latência clínica, a replicação viral continua em altos níveis: a estimativa é de que sejam produzidas e destruídas cerca de dez bilhões de partículas virais. A meia vida do vírus no plasma é de aproximadamente seis horas e o ciclo de replicação do vírus desde a infecção da célula até a liberação da progênie viral dura em média 2,6 dias.
<br />Após a latência clinica, o paciente pode desenvolver sintomas constitucionais, como imunodeficiência e doença aparente, especialmente infecções oportunistas.
<br />
<br />
<br />Formas de diagnóstico
<br />
<br />Pode ser detectado por três meios :
<br />Isolamento do vírus
<br />Detecção de anticorpos
<br />Detecção e quantificação de ácido nucléico ou antígenos virais.
<br />As técnicas podem ser por PCR, ELISA, Western Blot, NASBA.
<br />
<br />
<br />Tratamento
<br />
<br />Existem inúmeros fármacos anti-retrovirais aprovadas para o tratamento de infecções pelo HIV. As classes de fármacos incluem inibidores da transcriptase reversa, inibidores não nucleotídeos, e inibidores da protease. A recomendação atual para tratamento de pacientes infectados pelo HIV é a utilização de combinações de antivirais, ou coquetel a combinação de inibidores nucleotídeos de transcriptase reversa e um inibidor de protease. O tratamento deve ser iniciado logo no inicio da infecção. A efetividade da terapia
<br />
<br />deve ser monitorada através da medida da carga viral no plasma. A monoterapia resulta na rápida emergência de mutantes resistentes à droga enquanto a utilização da terapia resultou na redução do RNA viral no plasma de alguns pacientes para níveis não detectáveis por períodos de até 1 ano.
<br />
<br />
<br />
<br />Viroses humanas veiculadas por vetores
<br />
<br />Flavivirus
<br />
<br />Febre amarela
<br />
<br />Diagóstico clínico, com sinais e sintomas de interesse na sugestão da virose.
<br />
<br />O espectro clinico varia de doença febril benigna, não específica a doença fulminante, algumas vezes fatal, com característica patogenomônicas. A doença inicia com febre, calafrios, dor de cabeça e nas costas, em seguida, náusea e vômitos. Estes sintomas duram de três a quatro dias, podendo ocorrer remissão dos sintomas por duas horas, durante este período. No quarto dia de intoxicação com febre alta e icterícia moderada. Em casos graves aparecem proteinúria e manifestações hemorrágicas, o vomito pode ser negro e ocorre linfopenia. Quando a doença progride para estados severos a taxa de mortalidade é alta, 20% a 50% destes casos chegam a ocorrer até o sétimo dia da doença. Não ficam seqüelas e o indivíduo se recupera totalmente em duas semanas.
<br />
<br />
<br />Classificação do vírus
<br />
<br />Família :Flavaviviridae, Gênero: Flavivirus, Espécie : yellow fever vírus
<br />A febre amarela é uma zoonose. São reconhecidos dois ciclos epidemiológicos da febre amarela.1 febre amarela urbana ou clássica e 2 febre amarela silvestre. A febre amarela urbana envolve a transmissão através do mosquito doméstico Aedes aegypti,que se reproduz em águas limpas e paradas. A febre amarela silvestre é uma doença endêmica em macacos, transmitida por mosquitos Aedes, Haemagogus, Sabethes, que habitam as florestas úmidas. A infecção nestes animais pode ser desde inaparente até severa. Os indivíduos que tem contato com estes mosquitos podem serem infectados.
<br />
<br />
<br />Diagnóstico
<br />
<br />Poderá ser feito por estudos histopatológicos, isolamento de vírus, ensaios imunológicos, imunoflorescência, RT-PCR , ELISA, também poderão ser feitos exames sorológicos tais como IH, FC, IFI, radioimunensaio.
<br />
<br />
<br />
<br />Tratamento
<br />O tratamento da febre amarela é apenas de suporte, não está bem determinado se a correção da hipotensão e dos distúrbios eletrólitos pode reverter o curso aparentemente inexorável de alguns casos de febre amarela. Alguns compostos com atividade antiviral in vitro contra o vírus foram descritos, incluindo a ribavirina, que suprime a replicação viral in vitro em concentrações mais altas deas que podem ser alcançadas in vivo. Os testes em macacos não demonstram efeito terapêutico da ribavirina. Porem há a vacina atenuada para a imunização da população.
<br />Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13681863458748669633noreply@blogger.com0